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Friday, February 25, 2005

The Prids - Love Zero

prids

"Love wizard / love hero / delirious and cruel / love lizard / love zero"

Hoje tantas bandas nos fazem lembrar dos anos 80, algumas tentam fazer o bom e velho synth-pop do Depeche Mode e outras, como Interpol e agora, The Prids, trazem a melancolia pós-punk de Joy Division e The Cure.
Mas The Prids não é só uma banda de revival, eles fazem um ótimo neo-new wave/ pós punk guitarrento que me faz lembrar as bandas do 4AD com um feeling de My Bloody Valentine. O álbum chama atenção até daqueles que não gostam de bandas nostálgicas: uma produção bem feita, muita guitarra, linhas de baixo perfeitas (obviamente inspiradas no baixo de Peter Hook), teclados emotivos, melodias excelentes, bateria acústica e digital que casa perfeitamente com os vocais de Mistina Keith e David Frederickson.
É inevitável fazer comparações ao falar de The Prids, mas a verdade é que eles fizeram um álbum que parece antigo, só que com mais energia e um sorriso estampado no rosto.

Wednesday, February 23, 2005

The Vanishing - Still Lifes Are Failing

vanish

"Wouldn't you like to be like a picture of a picture?"

Insanidade total. "Still Lifes Are Failing" é um álbum cheio de batidas apocalípticas, no-wave, disco-punk e saxofone misturado com o vocal absurdamente hipnótico de Jessie EVA. Difícil imaginar? Difícil descrever.
O álbum foi lançado no final de 2004 pela Fatal Recordings, selo da ex-Atari Teenage Riot, Hanin Elias, que colabora com The Vanishing fazendo um remix da faixa-título.
A primeira vez que ouvi não soube dizer se era bom ou ruim mas logo depois caí de amores (como aconteceu com ATR há anos), é um álbum que pede para ser explorado musicalmente, já que as letras são inexpressivas.
É complicado recomendar esse álbum,que definitivamente foi feito para quem gosta de experimentalismos; The Vanishing criou um som cheio de (des)construções não-lineares geniais e, no mínimo, intrigantes.

Tuesday, February 22, 2005

Aqueduct - I sold gold

aque

"I've lived my life so well/ But you put me through hell"
Sabe um álbum leve? "I sold gold" é bonitinho, electro/indie-pop cheio de sintetizadores anos 80, pianos, barulhos de vídeo game, letras divertidas, músicas simples e foi feito para todo mundo gostar. O vocal de David Terry é suave, tranqüilo e casa bem com as melodias, que são muito pegajosas (no bom sentido), é ouvir uma vez e sair cantarolando.
Me lembrou um pouco The Postal Service mas quem descobriu David Terry foi Ben Gibbard (Death cab for cutie) e aí já assinou com a Barsuk Records, tem feito shows com bandas como Flaming Lips e The Shins, apareceu no seriado The O.C com a música "Hardcore Days & Softcore Nights" e é sucesso garantido.

Monday, February 21, 2005

Mark Lanegan - Bubblegum

mark

"There is no morphine / I'm only sleeping"

Mark Lanegan já é bem conhecido pela sua banda Screaming Trees e pelas participações nos álbuns do Queens of the Stone Age.
O "Blubblegum" é cheio de participações especiais: Josh Homme (QOTSA), Nick Oliveri (QOTSA), PJ Harvey, Izzy Stradlin, Duff McKagan (Velvet Revolver/ Guns'N'Roses) e também Greg Dulli (Afghan Whigs). Que beleza hein? Com participações assim,não tinha como ser ruim mesmo. Quando vi o nome já pensei logo "Putz, deve ser uma baba de tão lento", mas não é nada disso. O álbum continua com aquele clima obscuro de boteco esfumaçado sim,só que agora bem mais rocker e provando mais uma vez que Mark Lanegan é um ótimo músico e compositor. Tesão de álbum!

Wednesday, February 16, 2005

Midnight Movies - Midnight Movies

midnight

"“Feeding, loving, yielding life... Sucked up shriveled skin left to die”"

Quem não fica hipnotizado quando ouve a Nico ou Laetitia Sadier cantar? Eu fico. E fiquei quando ouvi Midnight Movies. Enquanto ela toca bateria,Gena Olivier passa uma emoção única com a sua voz que tem um quê de Nico+Laetitia: aquela melancolia cheia de sensualidade, só que não tão profunda e bem mais flexível. As letras da banda são poéticas,com atmosferas surreais e quase-assustadoras imagens. O som da banda não fica atrás, eles fazem um "dark" indie rock bem autêntico numa época em que poucas bandas conseguem atingir a autenticidade. Vale a pena demais ouvir !

Monday, February 14, 2005

Metric - Old World Underground, Where Are You Now?

metric

"Tonight your ghost will ask my ghost,Who put these bodies between us?"

A primeira vez que eu ouvi Metric eu estava começando a me apaixonar e isso (para mim) fez uma diferença enorme. Talvez, em outras circunstâncias, eu não teria gostado tanto desse álbum.
"Old World Underground, Where Are You Now" é new wave, indie-rock e punk-pop. É um álbum para dançar sozinho. É um álbum para dançar a dois. É aquele álbum que você coloca para tocar e não consegue parar de ouvir... e, se parar, com certeza irá cantarolar por aí. A vocalista Emily Haines já é bem conhecida: trabalhou com Broken Social Scene, Stars, canta uma música com Delerium (Stopwatch Hearts,uma delícia!) e agora está com um trabalho solo bem legal.
"Old World Underground, Where Are You Now" é um álbum simples,com melodias coesas,vocal alegre,tecladinhos fofos... bem contagiante! Eu adoro!

Saturday, February 12, 2005

Blackfield - Blackfield

blackfield

"Curling lips, fingertips, dead eye dips... I saw it all in the blackfield"

Uma dupla excêntrica forma o Blackfield: Steve Wilson (Porcupine Tree) e o cantor/compositor israelense Aviv Geffen. Blackfield é um álbum para ouvir em dias chuvosos e/ou bem acompanhado. Cada um escreveu duas músicas e o resto escreveram juntos. Uma ótima produção com arranjos impressionantes e vocais memoráveis, é difícil dizer qual voz é de quem pois elas se complementam encantadoramente. Com certeza se trancaram dentro de um estúdio até cada nota, cada verso, cada refrão sair perfeito. Todos os detalhes desse álbum são magníficos. Em alguns momentos até soa como Porcupine Tree, só que bem melhor.

Friday, February 11, 2005

Mellowdrone - A Demonstration Of Intellecual Property EP

mellowdrone

Mellowdrone é Jonathan Bates.
Bates gravou e compôs essas músicas em seu quarto (que deve ser um puta estúdio), enquanto "brincava" com uma guitarra,um teclado e seu computador. Mellowdrone é extremamente pessoal. As letras são simples observações/reflexões diárias e passionais que todos nós fazemos e talvez por isso eu tenha ficado arrepiada da cabeça aos pés quando ouvi pela primeira vez. É assim. Electro-pop/indie rock bem feito e sem meias palavras.
Esta é,definitivamente uma "Intellectual Property"de 18 minutos que vale a pena ser ouvida.

Thursday, February 10, 2005

Autodrone - Autodrone

autodrone

A primeira vez que eu ouvi Autodrone fiquei impressionada com o vocal grave de Susanna Melendez, que me lembrou um pouco a Patti Smith. Sua voz é diferente de qualquer voz feminina que eu já tenha ouvido, passa emoção com um altíssimo grau de melancolia,uma coisa devagar... quase gótica, sem ser depressiva. E só não é porque a banda tem fortes influências da guitarreira dos anos 90. As músicas são tensas,com linhas de baixo hipnóticas e explosões de barulho. Não é um álbum fácil e eu sei que muita gente não vai gostar de cara, mas vale a pena ouvir algumas vezes e tentar digerir o som intenso do Autodrone. É como charutos e conhaque. Quem gosta,gosta muito.

Wednesday, February 09, 2005

Bergman Rock - Bergman Rock

bergman rock

Bergman Rock, mais conhecido como Bob Hund,só que em inglês.
A banda é a mesma, mas agora eu entendo o que ele canta sem ter que usar tradutores ruins. É um álbum apaixonado, as letras são extremamente poéticas e algumas vezes,confusas. Bom... é nórdico. Quase um Devo sueco nas melhores músicas. A banda passa pelo Indie moderno em "I'm a Crab", pelo feeling eletrônico em "Wake-up Call (snooze)", pelo dançante em "Outside The Disco",pelo melancólico em "Skin & Bones" e "Darkness For Beginners" e pela genialidade total em "My Best Friend" e "Jim".
O álbum tem estranhas transições mas no final de tudo eu achei brilhante.
E esse nome? Bergman Rock. Seria Ingmar Bergman ou Ingrid Bergman?
Não sei. Sei que agora sou fã de três Bergman.

Devendra Banhart - Rejoicing in the hands

devendra

Não tenho muito o que falar sobre Devendra Banhart, tudo que eu escrever aqui,todos os adjetivos que usar serão poucos para explicar como um álbum pode inspirar tantos sentimentos,com tanta simplicidade e delicadeza. Simplicidade sim,no som da guitarra acústica e das melodias, mas nunca na voz e nas letras. A voz é algo assim fascinante e único. Alguns dizem que é estranha,fantasmagórica... mas para mim é sem descrição assim como a voz de Nick Drake. "Rejoicing in the hands" é um álbum que me tira a respiração e devolve com suspiros. As músicas foram gravadas de uma maneira tão "primitiva" e íntima que eu tenho a impressão de que ele está tocando aqui em casa.

Tuesday, February 08, 2005

Sunshine - Electric! Kill! Kill! EP

Sunshine

Já conhecia Sunshine do split que fizeram há um tempo com o At The Drive-In e meus olhos brilharam quando li o nome "Electric! Kill! Kill!" na hora imaginei algo dançante,atual e bem feito para estourar nas pistas das casas alternativas. E não é que acertei? Fazem uma mistura No wave/Post punk/Electro bem interessante. A primeira faixa é digna de ser trilha de um filme de ação, "Vampire's dancehall" é rápida e pesada sem ser agressiva. "Lower than low (remix)" tem um feeling meio Depeche Mode, teclado total Kraftwerk e já é hit aqui em casa. O EP foi remixado por Chris Corner (Sneaker Pimps/I am X) e Casey Chaos (Amen) e definitivamente este é mais um motivo para ouvir. Se algum dia eu (você) precisar de uma injeção de ânimo, é só colocar "Electric! Kill! Kill!" bem alto. Felicidade pura.

Monday, February 07, 2005

Black Mountain - Black Mountain

black mountain

Outra banda que quando eu vi o nome e a capa do álbum,já veio aquele pensamento: 'putz,isso é metal'; mas como eu já tinha baixado metade do álbum,eu decidi continuar até o final e ver o tipo de som. Depois de formar a banda Jerk with a bomb na metade/final dos anos 90, Stephen McBean transformou a banda e mudou o nome para Black Mountain. As influências do psicodelismo ’60s/’70s ,blues, Zeppelin, Velvet Underground, Stones,Sabbath, alguma coisa de soul dos '60s são claras nesse álbum. O que me impressionou mesmo (além das letras,vocais e arranjos calculados) é a versatilidade da banda. As primeiras cinco músicas do álbum são absurdamente perfeitas e, de forma diferenciada, vão pelo mesmo caminho mas a partir de “No Hits” até a última música "Untitled” (também são muito boas) as músicas destoam completamente das outras. O álbum começou bem mas parece que da metade pra frente a banda quis inovar demais e acabou se perdendo, mesmo assim eu acho que vale a pena ouvir Black Mountain... é bem melhor do que muita coisa que tem rolado por aí.

Monster Movie - To The Moon

monster movie

Quando eu li o nome "Monster movie" a primeira coisa que pensei foi: "horror punk,talvez psychobilly..." mas depois vi que um dos seus integrantes era guitarrista do Slowdive e sinceramente, eu não consegui imaginar o tipo de som da banda. Então eu ouvi o álbum e me surpreendi: são 11 faixas bem escritas, cheias de sentimento,beleza, melodia e vão lá no fundo d'alma. As influências que vão do synth-pop dos anos 80 até o Indie moderno são claras. "To the moon" é um álbum completo,um disco para ouvir com headphones e de olhos fechados... lindo,lindo,lindo.

Sunday, February 06, 2005

Fans Of Kate EP

fans of kate


Todo mundo é fã de alguma coisa. E eu virei fã dessa banda que mal saiu do forno, lançou um EP e com o novo single encaminhado, eles estão fazendo uma pancada de shows por aí.
Confesso que quando vi o nome 'Fans of Kate' eu fiquei com o pé atrás. Que tipo de nome é esse? Quem é Kate? Não sei. Tape 23 , A Pattern e Keep Warm (The Do Do Song) são amostras de uma banda que tem tudo para conquistar os winamps com o som que lembra as baterias dos anos 80 misturado com indie pop atual. E eles têm alguma coisa do Devo e do Grandaddy que eu ainda não identifiquei. Isso não pode ser ruim,não é?


"A chave de tudo foi o tédio" - Hal Chase

Welcome to the show.

np:: monster movie - sweet lemonade