<body>

Thursday, March 17, 2005

Moby - Hotel

moby

Moby. Todo mundo conhece. Ex-punk apaixonado por Joy Division, Killing Joke, Echo and Bunnymen, Sisters of Mercy e toda aquela onda punk/pós punk/cold wave (uso de guitarras e sintetizadores para criar climas etéreo-existenciais) da década de 80. A influência dessa estética é óbvia em Hotel, o novo álbum, em que Moby homenageia seus amigos/ídolos do New Order (em uma versão adocicada de "Temptation") e David Bowie (na faixa "Spider").

Hotel é o primeiro álbum depois 18, que vendeu mais de quatro milhões de cópias. Também é o primeiro álbum sem samplers que foi gravado e mixado em um pequeno estúdio em NY, com Moby na produção, tocando todos os instrumentos (exceto a bateria), conta com a ajuda do baterista Scott Frassetto e da vocalista/compositora Laura Dawn (Diretora cultural de eventos do MoveOn.org), que faz participações em duas músicas.

O fascínio de Moby por hotéis é tão grande, que ele lançou o site mobyhotel.com, um hotel virtual completo dedicado ao álbum. Para ter acesso às músicas deve fazer um check-in, e também passear pelo lounge, ler jornal no quarto, ouvir rádio, visitar a loja, sala de imprensa e muitas outras coisas legais que ficam espalhadas pelos andares. Genial! "O que me fascina nos hotéis é que, quando você paga por um quarto, parece que é a primeira pessoa a pisar ali. E ainda assim, no fundo, você sabe que seis horas antes alguém estava fazendo sexo naquela cama, alguém estava terminando com a namorada, outra pessoa estava indo ao banheiro. As coisas mais íntimas acontecem em hotéis, mas eles parecem bastante anônimos. A cada 24 horas o hotel é arrumado. Isso pode soar estranho, mas acho que de alguma forma é análogo à condição humana."

Hotel é um álbum eclético e ainda assim,completo, como só ele sabe fazer. É eletrônico, é cheio de baladas românticas e hits de pista. Moby canta em 10 das 14 faixas, sendo 2 instrumentais e 2 em dueto com Laura Dawn. Ele fala sobre sentimentos crus, com uma simplicidade tão verdadeira que emociona, fala também de leve sobre política em “Beautiful” e “Lift me up”, amor e luxúria em "Where You End", "Homeward Angel", “Forever” e "Love Should" mas sem esquecer de onde ele veio, com a dançante "Very", que me lembrou os remixes que fez para o New Order, Orbital e Pet Shop Boys.

Hotel foi lançado dia 14 de Março pela Mute, e o single “Lift me up” toca nas rádios freneticamente, com remixes de Mylo, Superdiscount e Abe Duque. Discão!

Sunday, March 06, 2005

Bohren & der Club of Gore - Black Earth

bohren


Bohren & der Club of Gore... antes de ouvir, fiquei imaginando que tipo de som seria, nem procurei por reviews, queria que fosse surpresa. Pensei em algo bem experimental,como só os alemães sabem fazer. E poxa, é algo experimental que realmente me surpreendeu. O que é? JAZZ. Dark-Ambient Jazz. Sim, um tipo de Jazz que eu nunca tinha ouvido antes. Se o Jazz já é naturalmente melancólico, Bohren é 10 vezes mais, relembrando os primeiros sons de Miles Davis. "Black Earth" é um disco lento, extenso (1:10 min e 9 músicas), pesado, obscuro e absurdamente lindo. O disco não tem vocal, e sinceramente, não faz falta... um vocal quebraria todo o clima.
Seria aquela trilha perfeita para os filmes da dupla David Lynch/Ingmar Bergman e uma ótima companhia para o disco do Fantomas,Delirium Cordia.

Wednesday, March 02, 2005

Iron And Wine - Woman King EP

iron and wine

"We were born to fuck each other / One way or another"

A primeira vez que ouvi Iron And Wine, eu detestei. Mas deixei o álbum guardado na pasta 'ouvir de novo' e me apaixonei. E pensei que a perfeição já tivesse atingido a cabeça de Sam Beam. Errei. O cara se superou nesse EP, Woman King: O foco principal das letras são as mulheres, Beam criou imagens impecáveis... poéticas, impressionistas, surreais, e também reais demais enfiadas no meio de melodias absolutamente perfeitas e vocais delicados que parecem flutuar em 24 minutos de pura beleza.
Agora é esperar ansiosamente pelo próximo álbum.

Tuesday, March 01, 2005

The duke spirit - Cuts across the land

duke


Quem acompanha os line-ups de festivais na Europa, com certeza já leu o nome de The Duke Spirit, que quase sempre toca junto com as bandas British Sea Power e The Vines. E eu ainda não descobri qual é o rebuliço em torno deles: "Cuts across the land" não é um álbum excepcional, e a única coisa que o que o torna interessante é o vocal de Liela Moss, que tem quê PJ Harvey misturado com Siouxsie, com mais vida. Acho que sem ela a banda seria extremamente sem graça. Mesmo com influências excelentes como: Velvet Underground, The Clash e The Slits, a maioria das músicas são bonitinhas, mas nada diferente do que já ouvi por aí.