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Monday, March 19, 2007

The Prids - ...Until The World Is Beautiful

ett


"It won't surprise to view/ With whatever lens/ You choose/ But please don't dramatize through"


Caos, melancolia e pedais, muitos pedais. Esse casamento dura pelo menos 20 anos e não deve acabar tão cedo, para a nossa felicidade... ou não. Nunca foi uma música muito feliz, não é?

"...Until The World Is Beautiful" é o segundo disco do Prids, banda vegan de Portland que não faz som de banda vegan.
No primeiro, "Love Zero", foram influenciados pelas bandas seminais do Post-Punk e algo da atmosfera do My Bloody Valentine. Entenda o drama.

Já no "...Until The World...", o contrário: tensão, melodias texturizadas, camadas de som, composições marcantes, letras fortes, amargas, de densidade extrema. Um pouco de Slowdive, um pouco de Sonic Youth, um pouco de The Sound. Mais Shoegaze, Dreampop, New Wave, Factory e 4AD do que o Post-Punk puro, que continua ali no canto com a sua linha de baixo inconfundível.

Complicado? Não. É como sentar no chão para ver a neblina passar. Um pouco assustador no começo mas quando ela toma conta de tudo, inclusive de você, fica fácil entender o tamanho da beleza.

Friday, March 09, 2007

The Lazy Folksinger - What Attitude Problem?

ett


O que seria do Folk se não existissem contadores de histórias? Absolutamente nada.

Existem os singers/songwriters sérios, com letras pra lá de significativas, sensíveis, muitas histórias de partir o coração, dor-de-corno, política e... existem os outros.

Particularmente eu adoro os dois, do escrachado "Fuck her gently" do Tenacious D ao novíssimo e inspirado freak folk do Brightblack Morning Light.

The Lazy Folksinger é do time dos outros. Com influência óbvia de John Prine e do folk/country tradicional, o canadense Paul Wiggins faz uma introdução antes de cada música, como se fosse um programa de rádio antigo e depois canta sobre maconha, sexo barato, noites no bar e outras delícias da vida da melhor maneira: com muita ironia e cinismo.
Tudo isso gravado em um único take na sala de casa, 100% acústico, com todos os amigos em volta e claro, muita cerveja.

"What Attitude Problem?" é um disco genial que não foge das suas raízes e mostra que dá para fazer boa música e ser engraçado sem cair no ridículo.